Inquieto, sempre!
«"Perturbado, inquieto, inconsciente e indiferente." Foi assim que Bento XVI descreveu o mundo ao qual a mensagem da Nova Evangelização, que deverá ser difundida por todos os católicos, se dirige. Num comunicado enviado aos participantes, o Papa lembrou que nas cidades onde se vive o congresso há "muita gente que não sente ainda no coração a alegria e a beleza da fé" e a "quem é preciso oferecer a salvação". Para espalhar esta fé, o Papa pede às paróquias mais espírito missionário na pastoral quotidiana e colaboração mais intensa entre todas as forças vivas da Igreja.»
- Diário de Notícias, 08.11.2005
Compreendo a inquietação de Bento XVI. Mais difícil de entender é a sua posição, hoje tornada pública, sobre a homossexualidade. Tomada em Agosto, só agora foi divulgada e hoje ouvi, logo cedo, na televisão.
Sou heterossexual mas aceito as diferenças e respeito-as. Como ser humano, acho um homo com os mesmos direitos e os mesmos deveres e obrigações que os heteros.
Porque raio, então, para a Igreja, um ex-homossexual, ao fim de 3 anos, pode ser sacerdote?
De resto, não conheço quem ninguém que tenha feito essa viagem. De hetero a homo, há muitos, mas não conheço homossexuais que desistam de o ser. Conheço mal, admito, mas nunca tinha sequer admitido o percurso nesse sentido.
O papa continua a descrever os homossexuais como um "desvio da natureza".
Muda o homem, continua o dogmatismo e a doutrina. Quantos homossexuais não assumidos frequentam as igrejas?
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